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Monday, February 24, 2014

Era uma vez uma bolsa...

Há alguns anos fui até ao shopping atrás de uma bolsa nova para o dia a dia, pois a minha já estava bem acabada. Eu sabia o quanto eu podia gastar numa bolsa e já fui com um preço na cabeça. Porém naquele dia entrei numa loja e me apaixonei por outra bolsa em detalhes rosa bebê. Era delicada, não muito grande nem muito pequena. Tinha dois bolsos charmosos na frente que davam um estilo legal. O único problema é que esta bolsa custava duas vezes o preço que eu podia gastar.

Como eu não podia comprar a bolsa, tive que me contentar com outra. Não tão bonita, mas que servia o mesmo propósito.

Seis meses se passaram e numa determinada ocasião ganhei de uma pessoa que amo muito a bolsa que eu havia me apaixonado. Esta pessoa não fazia a mínima idéia de que um dia eu quis aquela bolsa, e foi a melhor coincidência do mundo.

A bolsa virou então para mim um símbolo de carinho, de amor desta pessoa por mim, e de um "pequeno milagre".

O meu carinho pela bolsa era tanto que nestes anos usei-a pouquíssimas vezes. Outras bolsas já vieran e foram e essa bolsa em particular foi ficando no armário.

Desde que comecei a minimalizar, eu sabia que esta bolsa seria meu calcanhar de Aquiles. Por duas razões. A primeira porque eu sabia que eu não ia usar a bolsa. Com 3 filhos minhas bolsas precisam caber fraldas, pacotes de lenços umedecidos, troca de roupas, etc. Então eu sempre soube que esta bolsa seria um empecilho ao meu minmalismo. A segunda razão é que ao mesmo tempo que eu sabia que eu não ia usar a bolsa, eu não tinha coragem de me separar dela por todas as razoes listadas acima.

Desde que tudo isso começou, eu sempre pensei: "o dia que eu conseguir dar tchau para esta bolsa, aí sim estarei progredindo".

Falando sobre este assunto com uma amiga, ela disse, "talvez você vai conseguir doar a bolsa se você doa-la para alguém muito especial para você. Desta maneira você estará passando este amor que você sente quando vê a bolsa para frente."

Bom, este dia chegou. Hoje eu entreguei a bolsa para alguém muito especial. Me sinto muito feliz. Sei que a bolsa parada no armário não vai fazer falta e sei que vai ser muito bem usada por quem recebeu.

E independente de quem tiver a bolsa, o carinho que recebi da pessoa que me deu a bolsa em primeiro lugar vai estar sempre dentro de mim.

Que presentes que você recebeu estão parados no seu armário?

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